sábado, março 10, 2007

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Mergulhada num grande sertão das veredas inconcebíveis do rosa, descobri uma lágrima verdadeira. E descobri que a lagrima sofrida nunca vem de amor. E que a lagrima de amor minha é sempre fingida. E que a lagrima de verdade vem de outros sofrimentos que não são de menininha, mas de dores de adulta. Parabéns pra mim. Estou crescendo. E tenho que ficar feliz. No fim, vou ter sempre uma cadelinha em casa pronta pra lamber esse sofrimento. E há flores por todos os lados...


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sexta-feira, março 02, 2007

Foi porque eu fiquei escrevendo coisas de carnaval pra dizer que tenho novos amores. Mas era tudo mentira. Eu minto mesmo pra mim mesma. De ficar horas no telefone com ninguém imaginando você. Você sendo vários e eu sendo mim mesma de tanto me conhecer e me disfarçar de tantas outras. Meu trabalho é esse. Mentir o tempo inteiro. E de tudo que eu minto, o que fica é o que passa. O que não foi, o que não houve. O meu perfume sempre fica. É caro, é bom. Eu ganho todo ano um novo. Sempre do mesmo. Porque ela sabe que é dele que eu gosto. De Ter sempre o mesmo cheiro pra sempre lebrar de continuar esquecendo o resto.
Mas eu não. Não tenho muita fome na hora da água e quando tenho sede, como vorazmente. Pinto quadros quando estou com sono e durmo no trabalho. Esqueci de me esquecer porque. Pedi ao papai do céu um maridinho assim pra casar, dois minutos depois a TV me liga e me oferece esse casamento de mentira. Ganhei meu dia. Hoje sempre será amanhã. E ontem?