terça-feira, setembro 18, 2007

Fiquei pensando num jeito diferente de dizer que estava

apaixonada. Mas as impossibilidades possíveis das sensações da

frieza da tecnologia muito avançada me dizem que nada vai me

fazer ter seus olhos de volta. Então preferi dar um tempo e me

omitir em palavras etéreas. Minha cidade de praias faz com que

me sinta mais calma e infinitamente alagada de relacionamentos

fugazes, como o que tivemos. Não que fugaz exclua o amor, mas

distrai o tempo. Li infinitamente em seus olhos a possibilidade de

um sim verdadeiro. Mas como acreditar assim tão fácil em

horóscopos? Como saber o que foi de verdade? Como saber se não

é mais um vento frio do sul? Só olhando de novo no seu mar de

olhos. E isso é quase impossível. Como saber se seria real, posto

que é chama? O que dá pra saber é que foi infinito enquanto

durou. Mas queria que desse pra seus olhos saberem o quanto

minha boca macia ainda sonha de olhos fechados com um

reencontro próximo de poucas horas que duram uma eternidade

na lembrança. E difíceis de apagar como uma cicatriz de infância

no joelho esquerdo.