domingo, agosto 02, 2009

Novos comentários sobre antigas realidades específicas de pequenas cidades

Estive em “La reina de las aguas minerales” e sempre quando se acredita que nada vai dar em nada, algo acontece pra te surpreender na little Paraíba.

Não estava tão frio como eu imaginei, não estava tão triste como pensei. Apenas estava. Ela. A mesma, mas cada vez me fazendo enxerga-la diferente.

A mesma família.

Os mesmos problemas.

As festas inesperadas.

As mesmas pessoas de sempre, mas com os cabelos diferentes. Encontros diferentes e sempre a velha dúvida e a eterna certeza misturadas e transformadas em brigadeiro da Teté. Ou em pé de moleque, se tratando dos motivos julinos, já pensando que é agosto.

As dúvidas sobre se realmente é necessário crescer e deixar o jardim velho plantado ainda sem ser colhido; as certezas de que ainda sempre são duvidas as voltas e os reencontros inesperados com os velhos amigos e antigos inimigos que se tornam amigos porque depois de muito tempo não existe mais isso.

Todo mundo cresceu e se transformou em visitante nostálgico mesmo.

Ainda assim tem os que ficaram e juram que foi a melhor opção.

Ainda assim quem saiu jura que fez a melhor escolha.

Ainda assim dá um friozinho na barriga lembrar do passado e ver as crianças que cresceram e não são mais crianças namorando aqueles que seriam os garotos gatinhos de quando EU era A criança.

Sim, estamos envelhecendo e virando os verdadeiros mitos da pequena cidade que ainda se lembra de nós.

O resumo é que agora a gente já tem problemas com o contador, mas ainda assim não sabemos declarar imposto de renda.





Para o Fábio, com nostalgia, com canjiquinha e muito carinho.

Um comentário:

Guto Mattos disse...

Ainda assim tem toda essa gente, que demente ou não; sempre tem uma nova lente, pra uma mesma oração!rs Beijooos Adorei o texto!